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Às vésperas da COP30, desmatamento na Amazônia aumenta 91% em maio 5o2550

Segundo dados do Deter, território desmatado é similar, em comparação, ao tamanho de Belém -- cidade que será sede da Conferência do Clima 6j6c27

6 jun 2025 - 20h10
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Incêndios florestais estão entre os causadores de desmatamento no Brasil
Incêndios florestais estão entre os causadores de desmatamento no Brasil
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

No mês de maio, 960 km² de floresta, na Amazônia, foram derrubados. A área, em comparação, é similar à de Belém, cidade que será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em novembro e que coloca o Brasil no centro da discussão sobre a crise climática. Os dados são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira, 6. 1w5d35

A alta de desmatamento foi de 91% em maio, em comparação ao mesmo mês no ano anterior. Esse foi o segundo pior resultado do mês já registrado na série histórica – ficando abaixo apenas do recorde de maio de 2021, que chegou a 1.390 km². 

Essa é a segunda alta consecutiva registrada pelo Inpe: em abril, o desmatamento havia aumentado 9,7% (3.502 km² frente aos 3.191 km² do ano anterior). 

Os alertas de desmatamento se deram, principalmente, no Mato Grosso (com 627.11 km²). O aumento foi de 237% no estado. Os três municípios com maiores áreas de desmatamento também foram no estado: Feliz Natal (108,79 km²), União do Sul (76,95 km²) e Porto dos Gauchos (73,62 km²).

Outros estados que se destacaram com relação à quantidade de áreas desmatadas foram o Pará (145,10 km²), que será a sede da COP30 em novembro, com aumento de 5%, e o Amazonas (142,63 km²), com alta de 22%. Ambos os casos em relação ao mesmo mês no ano anterior.

‘Esse ano, seria especialmente ruim’ 4v146

“Aumento de desmatamento nunca é bom, mas esse ano ele seria especialmente ruim pelo fato de que a gente hospeda uma Conferência de Clima aqui no nosso país e seremos os presidentes da COP, com o poder de influenciar a agenda”, afirmou Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, ao Terra

Conforme explica Astrini, a influência da agenda se dá pelo exemplo do Brasil, conquistado ao longo dos anos. “Os números do desmatamento, nos dois primeiros anos do governo Lula, foram o principal cartão de visita ambiental do país mundo afora. Então a gente perder esse cartão de visitas importante, ele também tem um reflexo negativo durante as credenciais do Brasil na conferência de clima”, pontua.

Ele é otimista. Astrini considera que ainda dá tempo de reverter a “curva do desmatamento” até a COP, considerando a experiência que o governo nesta frente. 

“Chegar [na Conferência do Clima] com uma diminuição ainda maior do desmatamento faria muito bem para o Brasil, para a imagem do País, para o combate ao clima ambiental, para a floresta, para os seus povos e também para a presidência da COP”, acrescenta.

'PL da devastação vai gerar impacto na vida das pessoas', afirma Greenpeace:
Fonte: Redação Terra
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