Flamengo, Palmeiras e Fluminense se unem para o Mundial; entenda 3440
A poucos dias do início do Mundial de Clubes, Flamengo, Fluminense e Palmeiras adotaram uma estratégia conjunta para facilitar o deslocamento rumo aos Estados Unidos. Os três clubes acertaram o fretamento de um mesmo avião de luxo, priorizando o conforto de suas delegações em um trajeto longo. A ação, além de estratégica, chamou atenção pelo […] n4552
A poucos dias do início do Mundial de Clubes, Flamengo, Fluminense e Palmeiras adotaram uma estratégia conjunta para facilitar o deslocamento rumo aos Estados Unidos. Os três clubes acertaram o fretamento de um mesmo avião de luxo, priorizando o conforto de suas delegações em um trajeto longo. A ação, além de estratégica, chamou atenção pelo investimento elevado e pela logística bem articulada entre os representantes brasileiros. n5p1q
O modelo escolhido foi um Boeing com 82 assentos exclusivos de classe executiva, todos com capacidade de se transformar em camas. A aeronave pertence a uma empresa norte-americana especializada em voos fretados. O mesmo avião levou o Fluminense do Rio de Janeiro até a Carolina do Sul, retornou ao Brasil para buscar o Palmeiras e, posteriormente, transportará o Flamengo até Atlantic City, em Nova Jersey, em voo previsto para a noite de quarta-feira (11), às vésperas da estreia no torneio.
A antecipação da viagem do Fluminense foi motivada justamente pela necessidade de dividir o cronograma da aeronave com os outros dois clubes. A diretoria tricolor considerou que o conforto dos jogadores seria mais relevante que o tempo de preparação adicional no Brasil. Similarmente, Palmeiras e Flamengo concordaram com o plano, priorizando a minimização do desgaste físico logo na chegada aos Estados Unidos, onde as equipes já têm treinamentos agendados.
O custo da operação reforça a grandiosidade da ação: apenas o trecho de ida ficou em torno de 600 mil dólares (aproximadamente R$ 3,3 milhões) para cada clube. Caso optem pelo retorno na mesma aeronave, o valor total por equipe se aproxima dos R$ 6 milhões. Embora a FIFA ofereça cerca de R$ 2,2 milhões por clube para custear o deslocamento - valor correspondente a 55 agens executivas -, o montante excedente é arcado integralmente pelas agremiações.
Aliás, o interesse pelo avião não foi exclusivo dos brasileiros. O Manchester City chegou a procurar a mesma empresa para tentar utilizar a aeronave no trajeto Inglaterra-Estados Unidos. Contudo, como não conseguiu reunir outros clubes europeus para dividir o custo, viu a preferência ser dada ao trio sul-americano, que agiu com rapidez e conseguiu fechar o acordo.
Enquanto isso, o Botafogo seguiu caminho diferente. Optando por logística própria, o clube carioca contratou uma nova empresa para realizar o transporte até os Estados Unidos. A decisão foi tomada após os problemas enfrentados na viagem à Copa Intercontinental de 2024, quando utilizou um avião do New England Patriots. Na época, jogadores da equipe, incluindo o zagueiro Alexander Barboza, reclamaram da estrutura oferecida.
Desta vez, a delegação alvinegra embarcou em um Airbus operado pela National Airlines, com 294 assentos, sendo 49 deles na Classe Econômica . O voo partiu no domingo (08) com destino a Los Angeles. A partir dali, o grupo seguiu por transporte terrestre até a cidade de Santa Bárbara, na Califórnia, onde está hospedado. A estreia do clube no Mundial está marcada para domingo (15), às 23h (horário de Brasília), contra o Seattle Sounders.
Portanto, mesmo com trajetórias distintas, os clubes brasileiros demonstraram preocupação semelhante em oferecer as melhores condições possíveis para seus elencos. Enquanto uns apostaram na união para elevar o padrão da viagem, outros preferiram alternativas autônomas, mas com foco semelhante: preservar os atletas para o desafio internacional que se aproxima.