Luana Piovani quebra silêncio e se manifesta sobre prisão de Léo Lins 52f4p
Atriz comentou a polêmica envolvendo o humorista nas redes sociais e defendeu a condenação de mais de oito anos de prisão neste caso A atriz Luana Piovani utilizou suas redes sociais, principalmente os stories do Instagram, para se posicionar de forma contundente sobre a recente condenação do humorista Léo Lins. O comediante foi sentenciado pela […] 365v5e
Atriz comentou a polêmica envolvendo o humorista nas redes sociais e defendeu a condenação de mais de oito anos de prisão neste caso 2saf
A atriz Luana Piovani utilizou suas redes sociais, principalmente os stories do Instagram, para se posicionar de forma contundente sobre a recente condenação do humorista Léo Lins. O comediante foi sentenciado pela Justiça Federal a 8 anos e 3 meses de prisão, além de multa e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
A pena se refere aos discursos considerados discriminatórios, proferidos durante um show em 2022 e publicados em vídeo com mais de três milhões de visualizações.
Conforme Piovani, trata-se de uma sentença adequada diante da gravidade do conteúdo. "Não acho pouco oito anos para uma pessoa que faz piada com as minorias marginalizadas", afirmou. Segundo ela, decisões como essa ajudam a frear a violência contra populações vulneráveis, como pessoas negras, LGBTQIA+, indígenas e com deficiência.
Críticas aos artistas que defenderam o humorista
Piovani não poupou críticas a colegas do meio artístico que demonstraram solidariedade a Léo Lins. "Só vi macho defendendo. Inclusive, homens que iro", declarou. A atriz demonstrou surpresa e revolta ao ver figuras públicas, algumas próximas a ela, criticando a condenação judicial.
Ela afirmou que essas manifestações ignoram os impactos das piadas de cunho discriminatório, que alimentam comportamentos violentos na sociedade.
Entre os que se posicionaram contra a sentença, estão nomes como Danilo Gentili, Fábio Rabin, Maurício Meirelles e Marcos Mion. Alguns argumentaram que a decisão representa uma "criminalização do humor", embora tenham reconhecido o teor ácido do material apresentado por Lins.
Reflexões sobre desigualdade e seletividade judicial
A atriz também destacou o que considera ser um desequilíbrio no sistema penal brasileiro. Para ela, o rigor das penas é mais intenso para pessoas negras e pobres, enquanto réus brancos e com recursos financeiros costumam cumprir medidas alternativas.
"Ele é réu primário, branco, tem dinheiro, é famoso… Isso vai virar cesta básica ou serviço comunitário. A verdade é essa", disse a artista, apontando a possibilidade de que o humorista não cumpra integralmente a pena imposta.
Além disso, Piovani sugeriu que a ausência de empatia por parte de quem defende o comediante está relacionada ao distanciamento desses indivíduos em relação às vítimas. "Se tivessem uma filha espancada ou uma irmã estuprada, talvez não achassem a pena exagerada", comentou, ressaltando a banalização da violência sofrida por grupos marginalizados.
Posicionamento da Justiça e defesa do humorista
A condenação de Léo Lins foi proferida pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, após pedido do Ministério Público Federal. O tribunal entendeu que a liberdade de expressão não pode servir como justificativa para a incitação ao ódio.
Em sua sentença, a juíza responsável afirmou que o humor não deve ser confundido com um "e-livre" para promover preconceitos e intolerância.
Por sua vez, o humorista declarou que interpreta um personagem em seus espetáculos e que seu estilo é baseado em ironias e críticas sociais. Segundo ele, nem todas as piadas são feitas para todos os públicos. Sua defesa já anunciou que recorrerá da decisão.