Adoradas e rejeitadas, Janja e Brigitte enfrentam fofocas, ataques e polêmicas 5n382j
Primeiras-damas subvertem a tradição do papel discreto ao lado dos maridos presidentes 36i5s
O poder aproximou a socióloga Janja da Silva e a professora Brigitte Macron. Como primeira-dama do Brasil e primeira-dama da França, elas se encontraram algumas vezes nos últimos dois anos. 6st45
A mais recente, na visita de Estado do presidente Lula à França. Em um dos eventos, as duas surgiram de mãos dadas e assistiram a um coro cantando o funk melody ‘Fico Assim Sem Você’, de Claudinho e Buchecha (veja nos destaques).
Ambas são populares e impopulares ao mesmo tempo.
A brasileira é conhecida por 86% dos brasileiros e reprovada por 50% dos eleitores que a identificam, segundo pesquisa do PoderData repercutida pelo ‘Estadão’.
Segundo institutos de pesquisa ses, como o Ifop, a aprovação de Brigitte oscila entre 50% e 55%, bem maior do que a do companheiro. Ela ganhou dos fãs a hashtag #BriBriFirstLady, usada especialmente no X e Instagram.
Tornou-se alvo de críticas em veículos importantes da imprensa de seu país pelo estilo luxuoso — com roupas, sapatos e joias caras — e a suposta interferência no governo do marido. Esta segunda acusação é enfrentada também por Janja no Brasil.
Em entrevistas, a sa disse que o Macron se abala com os ataques na imprensa e os deboches nas redes, revelando possível fragilidade emocional. Essa confidência caiu mal entre conselheiros do governo e foi explorada pela oposição da extrema-direita e esquerda.
Desde o início da ascensão do marido ao Palácio do Elíseu, Brigitte (mãe de 3 filhos do primeiro casamento) lida com o rumor de que seria transexual. Usam fotos de um de seus irmãos, já falecido, para afirmar que ela nasceu homem.
Recentemente, a série no YouTube ‘Becoming Brigitte’ (traduzível como ‘Tornando-se Brigitte’), da comentarista conservadora norte-americana Candace Owens, tentou provar a teoria da mudança de gênero. O casal presidencial reagiu com indignação.
A mais recente polêmica envolvendo os Macrons foi o empurrão que Brigitte deu no rosto dele diante de um batalhão de fotógrafos e cinegrafistas na chegada ao aeroporto de Hanoi. Alegaram ter sido “uma brincadeira” para descontrair.
Entre os Lula da Silva, uma imagem sempre resgatada pelos opositores é a do petista pedindo para Janja parar de pular euforicamente no trio-elétrico na festa da vitória na eleição de 2022.
Posicionamentos públicos da primeira-dama — do “fuck you” a Elon Musk à troca de mensagens ásperas com o influenciador Whindersson Nunes, das sugestões aos ministros ao pedido à China para controlar o conteúdo do TikTok no Brasil — respingam no governo.
Brigitte e Janja são midiáticas e sinalizam gostar da exposição na TV. Conversam reservadamente com jornalistas (são ‘fontes’, no jargão do meio) e dão entrevistas eventuais a programas de grande audiência. Sabe-se, por exemplo, que a socióloga tem contatos na GloboNews.
Elas estão unidas pela pauta do combate ao bullying na internet. A sa gravou um vídeo de apoio à campanha liderada pela brasileira contra os desafios perigosos propostos a crianças em apps de vídeos.
Entre altos e baixos, acertos e erros, Janja e Brigitte ressignificaram o papel de primeira-dama, antes uma figuração de luxo ao lado do marido poderoso. Goste-se ou não delas, é honesto itir que suscitam debates relevantes, a exemplo do papel da mulher na política, e entregam inusitado entretenimento.
