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Bill Gates destinará maior parte de sua fortuna de US$ 200 bi à saúde e educação na África até 2045 42226w

Compromisso foi feito durante discurso na sede da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia; ao final de 2045, a fundação encerrará suas atividades 32s4t

3 jun 2025 - 11h11
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Em discurso realizado nesta segunda-feira, 2, na sede da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente da Fundação Gates, Bill Gates, anunciou que a maior parte dos US$ 200 bilhões prometidos pela instituição nas próximas duas décadas será investida na África. O foco será colaborar com governos que coloquem a saúde e o bem-estar da população em primeiro lugar. 5w1d5u

"Recentemente me comprometi a doar minha fortuna nos próximos 20 anos. E a maior parte desse recurso será usada para ajudar a enfrentar desafios aqui na África", afirmou Gates, diante de mais de 12 mil pessoas que acompanhavam o evento presencialmente ou online, incluindo líderes de governo, diplomatas, profissionais de saúde, pesquisadores e representantes da juventude.

O co-fundador da Microsoft, Bill Gates.
O co-fundador da Microsoft, Bill Gates.
Foto: Bill Gates Via Facebook / Estadão

Gates destacou que o caminho para a prosperidade no continente a por "libertar o potencial humano por meio da saúde e da educação". Ele também participou de uma conversa com o diretor da Fundação Gates para a África, Dr. Paulin Basinga, sobre prioridades de investimento e desenvolvimento.

Entre os destaques do evento estiveram os pronunciamentos da diretora da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, e da vice-secretária-geral da ONU, Amina J. Mohammed, além da ativista moçambicana Graça Machel. Segundo Machel, o momento atual é de crise e exige parcerias duradouras: "A longa parceria do sr. Gates com a África reflete uma compreensão profunda dos nossos desafios e respeito pela liderança, pelas ideias e inovação africanas".

Gates elogiou países como Etiópia, Ruanda, Zimbábue, Moçambique, Nigéria e Zâmbia, que têm liderado soluções escaláveis em saúde, mesmo diante de crises fiscais. Citou a expansão de serviços básicos, o uso de dados para reduzir a mortalidade infantil, o combate à malária e ao HIV, e a proteção da saúde primária como prioridades locais que deram certo.

O filantropo também destacou a importância de investir na saúde da mulher antes e durante a gestação, além de garantir boa nutrição até os quatro anos de idade. "Investir na saúde primária tem o maior impacto no bem-estar das pessoas", afirmou.

Gates fez um paralelo com sua trajetória, lembrando que 2025 marca o 50º aniversário da Microsoft e os 25 anos da fundação que leva seu nome. "Minha mãe costumava citar o trecho bíblico: 'A quem muito foi dado, muito será exigido'", disse.

Ele também lembrou experiências marcantes, como sua primeira visita à África em 1993 e a colaboração com Nelson Mandela e Jimmy Carter durante a epidemia de HIV, enfatizando que a sobrevivência infantil e o combate às mortes evitáveis sempre foram foco da atuação da fundação.

Gates ressaltou ainda o potencial transformador da inteligência artificial. Ele disse ver jovens africanos já utilizando a tecnologia para resolver problemas locais e citou o exemplo de Ruanda, onde um ultrassom portátil com IA tem ajudado a detectar gravidez de risco precocemente. "A África pode incorporar a IA nos sistemas de saúde de forma mais rápida do que os países ricos. Se a justiça prevalecer, ela deveria chegar aqui primeiro", disse.

Nos próximos dias, Gates visitará a Etiópia e a Nigéria para reforçar o compromisso da fundação com governos locais. Está prevista uma reunião com o presidente nigeriano Bola Ahmed Tinubu e participação em um evento sobre inovação promovido pela campanha Goalkeepers.

O plano de doação da Fundação Gates foi anunciado em maio. O objetivo é contribuir para três metas principais: acabar com mortes evitáveis de mães e bebês; impedir que a nova geração sofra com doenças infecciosas graves; e tirar milhões de pessoas da pobreza. Ao final de 2045, a fundação encerrará suas atividades.

"Com saúde e educação, todos os países da África devem estar no caminho da prosperidade. E esse é um caminho empolgante de se construir. Por isso, pretendo dedicar o restante da minha vida a isso", concluiu Gates.

Estadão
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